Estresse Organizacional: Abordagens Teóricas e Estratégias de Intervenção para a Promoção de Bem-Estar no Trabalho.
- Autor: Julia Isabel Silva Nonato

- 12 de mai. de 2024
- 2 min de leitura
O estresse organizacional tem sido amplamente estudado devido ao seu impacto na saúde física e mental dos trabalhadores, bem como nos resultados organizacionais. Este artigo examina as principais abordagens teóricas sobre o estresse no trabalho e discute estratégias eficazes para prevenção e intervenção. Através de uma revisão da literatura, são apresentados os principais modelos explicativos do estresse ocupacional, como o Modelo Demanda-Controle de Karasek e o Modelo de Desequilíbrio Esforço-Recompensa de Siegrist. Além disso, explora-se o papel das organizações na promoção do bem-estar, abordando políticas e práticas que contribuem para a redução do estresse no ambiente de trabalho.
O estresse organizacional é um fenômeno complexo que afeta indivíduos e organizações em diversos setores. Sua compreensão e gestão são essenciais para a criação de um ambiente de trabalho saudável e produtivo. Este artigo busca analisar as diferentes abordagens teóricas do estresse organizacional e discutir estratégias de intervenção que promovam o bem-estar dos trabalhadores.
Modelos Teóricos do Estresse Organizacional
Modelo Demanda-Controle de Karasek
Proposto por Robert Karasek (1979), este modelo sugere que o estresse ocupacional resulta da interação entre demandas do trabalho e controle sobre as atividades.
Trabalhadores submetidos a altas demandas e baixo controle apresentam maiores níveis de estresse e risco de doenças relacionadas ao trabalho.
Modelo de Desequilíbrio Esforço-Recompensa de Siegrist
Este modelo enfatiza a relação entre esforço investido no trabalho e recompensas recebidas (financeiras, reconhecimento e estabilidade).
Um desequilíbrio entre esforço e recompensa aumenta o risco de estresse crônico e burnout.
Teoria do Estresse e Coping de Lazarus e Folkman
Define o estresse como um desequilíbrio entre demandas ambientais e os recursos do indivíduo para lidar com elas.
Propõe que estratégias de enfrentamento (coping) podem mitigar os efeitos negativos do estresse.
Estratégias de Intervenção
Mudanças Organizacionais
Reestruturação de tarefas para equilibrar demandas e recursos.
Promoção de um ambiente de apoio psicossocial.
Implementação de políticas de flexibilidade no trabalho.
Treinamentos e Desenvolvimento de Habilidades
Programas de desenvolvimento de habilidades para gestão do estresse.
Treinamento em inteligência emocional e resiliência.
Intervenções Individuais
Práticas de mindfulness e meditação.
Incentivo à prática de atividades físicas e técnicas de relaxamento.
Apoio psicossocial por meio de programas de assistência aos empregados (PAE).
O estresse organizacional é um problema crescente, mas pode ser mitigado com estratégias eficazes no nível individual e organizacional. A implementação de políticas que promovam um ambiente de trabalho equilibrado e saudável contribui para o bem-estar dos trabalhadores e para a produtividade organizacional.
Referências
Karasek, R. A. (1979). Job demands, job decision latitude, and mental strain: Implications for job redesign. Administrative Science Quarterly, 24(2), 285-308.
Siegrist, J. (1996). Adverse health effects of high-effort/low-reward conditions. Journal of Occupational Health Psychology, 1(1), 27-41.
Lazarus, R. S., & Folkman, S. (1984). Stress, appraisal, and coping. Springer.




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