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Teoria da Autodeterminação e a Motivação no Trabalho: Implicações para a Gestão de Pessoas

  • Foto do escritor: Autor: Julia Isabel Silva Nonato
    Autor: Julia Isabel Silva Nonato
  • 10 de set. de 2024
  • 2 min de leitura

A motivação dos colaboradores é um dos temas centrais na gestão de pessoas e está diretamente relacionada ao desempenho organizacional. Dentre as diversas abordagens existentes, a Teoria da Autodeterminação (TAD), desenvolvida por Deci e Ryan (1985), destaca-se ao explorar os fatores que contribuem para uma motivação mais autônoma e sustentável no ambiente de trabalho.

Os Três Componentes da Autodeterminação

A TAD sugere que a motivação humana está fundamentada em três necessidades psicológicas básicas:

  1. Autonomia: A percepção de que o indivíduo tem controle sobre suas ações e decisões.

  2. Competência: O sentimento de eficácia e capacidade na execução das tarefas.

  3. Relacionamento: A conexão com os outros, promovendo um senso de pertencimento e apoio social.

Quando essas necessidades são atendidas, os colaboradores tendem a apresentar maior satisfação, engajamento e bem-estar no trabalho. Caso contrário, há maior risco de desmotivção, absenteísmo e turnover.

Tipos de Motivação

A TAD diferencia a motivação em dois tipos principais:

  • Motivação intrínseca: Surge do prazer e do interesse genuíno na atividade.

  • Motivação extrínseca: Movida por recompensas externas, como salários e benefícios.

A motivação intrínseca é considerada mais sustentável e está associada a um maior comprometimento organizacional. No entanto, a motivação extrínseca também pode ser eficaz quando alinhada aos valores e objetivos dos colaboradores.

Implicações para a Gestão de Pessoas

A aplicação da TAD na gestão de pessoas requer práticas que favoreçam a autonomia, a competência e os relacionamentos interpessoais. Algumas estratégias incluem:

  • Promover a autonomia: Permitir flexibilidade nas atividades, encorajar a autoexpressão e envolver os colaboradores na tomada de decisão.

  • Desenvolver a competência: Investir em treinamentos, feedback construtivo e oportunidades de crescimento profissional.

  • Fortalecer os relacionamentos: Criar um ambiente de trabalho colaborativo, com suporte social e lideranças inspiradoras.

Considerações Finais

A Teoria da Autodeterminação oferece insights valiosos para o desenvolvimento de ambientes de trabalho mais motivadores e produtivos. Ao atender às necessidades psicológicas dos colaboradores, as organizações podem promover maior satisfação e engajamento, resultando em melhores resultados tanto para os indivíduos quanto para o negócio.

Gestores e profissionais de RH devem considerar essa abordagem para criar estratégias eficazes de retenção de talentos e bem-estar organizacional, garantindo uma cultura corporativa mais humanizada e inovadora.

Referências Deci, E. L., & Ryan, R. M. (1985). Intrinsic motivation and self-determination in human behavior. Plenum Press.

Deci, E. L., & Ryan, R. M. (2000). The "what" and "why" of goal pursuits: Human needs and the self-determination of behavior. Psychological inquiry, 11(4), 227-268.


Ryan, R. M., & Deci, E. L. (2000). Self-determination theory and the facilitation of intrinsic motivation, social development, and well-being. American Psychologist, 55(1), 68-78.   


Deci, E. L., Koestner, R., & Ryan, R. M. (1999). A meta-analytic review of experiments examining the effects of extrinsic rewards on intrinsic motivation. Psychological bulletin, 125(6), 627.   

 
 
 

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