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Teorias da Tomada de Decisão nas Organizações: Análise das Estratégias Psicológicas no Processo de Decisão Organizacional.

  • Foto do escritor: Autor: Julia Isabel Silva Nonato
    Autor: Julia Isabel Silva Nonato
  • 8 de jul. de 2024
  • 4 min de leitura

Este artigo científico tem como objetivo analisar as diversas teorias da tomada de decisão nas organizações, com foco nas estratégias psicológicas que influenciam o processo de decisão organizacional. Serão explorados os modelos clássicos e contemporâneos, bem como os fatores cognitivos, emocionais e sociais que afetam a escolha de alternativas e os resultados alcançados.

Palavras-chave: Tomada de decisão, teorias da decisão, estratégias psicológicas, processo de decisão organizacional, fatores cognitivos, fatores emocionais, fatores sociais.

Introdução

A tomada de decisão é um processo fundamental para o funcionamento de qualquer organização. Seja em decisões estratégicas de longo prazo ou em decisões operacionais do dia a dia, as escolhas feitas pelos gestores e colaboradores têm um impacto significativo no sucesso ou fracasso da empresa.

Ao longo dos anos, diversas teorias da decisão foram desenvolvidas para tentar explicar como as pessoas e as organizações tomam decisões. Essas teorias vão desde modelos racionais, que pressupõem que os decisores são seres racionais que buscam maximizar seus benefícios, até modelos mais complexos, que levam em conta fatores psicológicos, sociais e emocionais que influenciam o processo de decisão.

Teorias da Tomada de Decisão

Teoria da Racionalidade Clássica

A teoria da racionalidade clássica, também conhecida como modelo econômico, é um dos modelos mais antigos e influentes da tomada de decisão. Esse modelo pressupõe que os decisores são seres racionais que possuem informações completas sobre o problema, são capazes de avaliar todas as alternativas possíveis e escolher aquela que maximiza seus benefícios.

No entanto, a teoria da racionalidade clássica tem sido criticada por sua visão simplista da realidade. Na prática, os decisores raramente possuem informações completas sobre o problema, têm dificuldades em avaliar todas as alternativas e são influenciados por diversos fatores psicológicos e sociais que afetam suas escolhas.

Teoria da Racionalidade Limitada

A teoria da racionalidade limitada, proposta por Herbert Simon, reconhece que os decisores não são totalmente racionais e que sua capacidade de processar informações é limitada. Segundo Simon, os decisores utilizam "atalhos cognitivos", como heurísticas e vieses, para simplificar o processo de decisão e lidar com a complexidade do mundo real.

Teoria da Perspectiva

A teoria da perspectiva, desenvolvida por Daniel Kahneman e Amos Tversky, explora como as pessoas avaliam e escolhem entre alternativas que envolvem risco e incerteza. Essa teoria mostra que as pessoas são mais avessas ao risco quando se trata de ganhos e mais propensas ao risco quando se trata de perdas.

Teoria da Identidade Social

A teoria da identidade social, proposta por Henri Tajfel e John Turner, enfatiza o papel da identidade social na tomada de decisão. Segundo essa teoria, as pessoas tendem a tomar decisões que sejam consistentes com sua identidade social e com os valores e normas do grupo ao qual pertencem.

Estratégias Psicológicas na Tomada de Decisão Organizacional

Além das teorias da decisão, é importante analisar as estratégias psicológicas que os indivíduos e as organizações utilizam no processo de tomada de decisão. Algumas dessas estratégias incluem:

Ancoragem

A ancoragem é a tendência de confiar demais na primeira informação recebida (a "âncora") ao tomar uma decisão, mesmo que essa informação seja irrelevante ou enganosa.

Efeito manada

O efeito manada é a tendência de seguir a opinião ou o comportamento da maioria das pessoas, mesmo que isso vá contra suas próprias convicções ou informações.

Aversão à perda

A aversão à perda é a tendência de dar mais peso às perdas potenciais do que aos ganhos potenciais ao tomar uma decisão.

Confirmação de viés

O confirmação de viés é a tendência de buscar e interpretar informações que confirmem nossas crenças e opiniões preexistentes, ignorando ou desvalorizando informações que as contradizem.

Excesso de confiança

O excesso de confiança é a tendência de superestimar nossas próprias habilidades e conhecimentos, o que pode levar a decisões arriscadas ou mal informadas.

Fatores que Afetam a Tomada de Decisão Organizacional

A tomada de decisão organizacional é influenciada por uma variedade de fatores, incluindo:

Fatores cognitivos

Os fatores cognitivos são aqueles relacionados à forma como as pessoas processam informações, como sua capacidade de raciocínio, memória, atenção e percepção.

Fatores emocionais

Os fatores emocionais são aqueles relacionados aos sentimentos e emoções dos decisores, como medo, raiva, alegria, tristeza e estresse.

Fatores sociais

Os fatores sociais são aqueles relacionados à influência de outras pessoas ou grupos na tomada de decisão, como a cultura organizacional, as normas sociais, a pressão de grupo e a liderança.

Conclusão

A tomada de decisão é um processo complexo e multifacetado, influenciado por uma variedade de fatores psicológicos, sociais e emocionais. Ao compreender as teorias da decisão e as estratégias psicológicas que afetam o processo de decisão, os gestores e colaboradores podem tomar decisões mais informadas e eficazes, que contribuam para o sucesso da organização.


Referências

Bazerman, M. H., & Moore, D. A. (2013). Judgment in managerial decision making. Hoboken, NJ: Wiley.

Kahneman, D. (2011). Thinking, fast and slow. New York: Farrar, Straus and Giroux.

Simon, H. A. (1979). Rational decision making in business organizations. The American Economic Review, 69(4), 493-513.

Thaler, R. H., & Sunstein, C. R. (2008). Nudge: Improving decisions about health, wealth, and happiness. New Haven, CT: Yale University Press. 1

 
 
 

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